Multi-tasking humano refere-se à capacidade de resposta de um individuo em alterar rapidamente entre diversas tarefas, dando a ideia que estão a ser feitas diversas tarefas em simultâneo. Um pouco como acontece com os CPU’s com um único core, o processador apenas consegue fazer uma instrução de cada vez, mas dada a sua velocidade na execução das instruções, é dada a ideia ao utilizador de que o computador está a fazer várias coisas em simultâneo.
A diferença entre os CPU’s e os humanos no que toca ao multi-tasking são muitas, isto porque enquanto que o CPU executa milhões de pequenas instruções que são executadas numa escala temporal bem longe dos microsegundos, o ser humano tem de lidar com outras variantes, nomeadamente os factores distração, stress, cansaço, que acabam por ser factores críticos e implacáveis na boa execução das tarefas.
Hoje li um artigo que achei interessante, que questiona o facto de haver uma percentagem de pessoas (25% a 50%) que se têm sentido sobrecarregadas e desgastadas no trabalho. É importante percebermos as causas deste sentimento, não haverão dúvidas que um ciclista que teve 1/4 da maratona na zona de batimento cardíaco máximo, terá muitas dificuldades para aguentar os restantes 3/4 a um ritmo moderado.
Passo a citar uma das ideias mais importantes desse artigo:
(…) The biggest cost — assuming you don’t crash — is to your productivity. In part, that’s a simple consequence of splitting your attention, so that you’re partially engaged in multiple activities but rarely fully engaged in any one. In part, it’s because when you switch away from a primary task to do something else, you’re increasing the time it takes to finish that task by an average of 25 per cent.
Inclusivamente é possível fazer a experiência, obviamente que não vamos ter percentagens e valores científicos, mas pelo menos é possível definir um mês e cumprir religiosamente as regras e objectivos, ao final do dia e ao fim de um mês, com uma certa sensibilidade e espírito crítico, será possível sentir os resultados.
Garantidamente a meio e ao fim do dia serão as alturas do dia em que é possível constatar as diferenças, pois o sentimento de cansaço quando não fazemos multi-tasking, é visivelmente superior. Além do mais, as ideias parecem estar bem mais organizadas.
No artigo há também algumas dicas e ideias para sermos mais produtivos, algumas das quais, confesso que sou algo céptico pois no mundo real é difícil tirarmos férias a torto e a direito, assim como fazer pausas longas, quanto mais fecharmo-nos numa tarefa específica.
Mas penso que a ideia base está aí, quanto mais conseguirmos focalizar-nos em concluir cada tarefa (uma a uma), mais produtivos vamos ser e é nesse sentido que devemos trabalhar no nosso dia a dia, separando o que é importante do que não é, fazendo uma triagem daquilo que nos interrompe na boa e rápida execução das tarefas e definindo ações eficazes para minimizar o impacto na nossa produtividade.
Referências: