Neste artigo vamos analisar de uma forma geral o que representa as vulnerabilidades para as organizações e para as pessoas, nomeadamente qual a origem e seu o seu impacto.
Uma vulnerabilidade, múltiplos vectores:
- Rede Remota
- Rede Local
- Sistema local
Falhas com origem no código de aplicação devido a:
- Falha de segurança
- Erros funcionais
Onde estão essas aplicações:
- Servidores
- PCs, Portáteis, VMs
- Dispositivos móveis
- Impressoras, switch’s e router’s
- Appliances domésticas/empresariais
Da vulnerabilidade à ameaça
- Um hacker identifica uma vulnerabilidade
- Desenvolve uma forma de utilizar a vulnerabilidade para manipular a aplicação, dando origem a um exploit
- O exploit é executado com sucesso
- O hacker faz a festa.
Ameaças múltiplas
- Uma única vulnerabilidade pode ter diversos exploits
- As defesas mais comuns protegem exploits, não vulnerabilidades
Gestão de Riscos
- Conhecimento de vulnerabilidade e ameaças
- Nem todas as vulnerabilidades representam risco idêntico.
- Conhecimento de todos os equipamentos
- Nem todos os equipamentos têm, ou precisam, do mesmo nível de segurança
Visão global de vulnerabilidade, factos
Em 2013:
- 10 falhas zero-day foram descobertas nas 50 aplicações mais populares
- 14 falhas zero-day foram descobertas no total na generalidade das aplicações
- 13,073 vulnerabilidades foram descobertas em 2289 produtos vulneráveis
- Aumento de 45% em vulnerabilidades (tendência 5 anos)
- 79% das vulnerabilidades tiveram um patch disponível no dia em que foram divulgados.
Isto significa que é possível corrigir a maior parte das vulnerabilidades, e que as empresas e utilizadores finais têm fortes probabilidades de ter uma solução disponível para a origem do problema das suas falhas de segurança originadas nas vulnerabilidades do software.
Fonte: “Secunia Vulnerability Review 2014”
Novas e velhas ameaças
“Houve um aumento surpreendente de incidentes envolvendo o work Conficker, apesar de ter sido disponibilizado uma patch desde 2008.”
Fonte: “Information Security Breaches Survey 2013.” Technical Report. PwC
“Criando um código malicioso não é nenhuma ciência impossível: Em 2012, uma criança com 11 anos de idade desenvolveu um Trojan para roubar dados de login de jogadores online.”
Fonte: “AVG Community Powered Threat Report.” Q4 2012. AVG
Ao que estamos sujeitos
Fonte: Microsoft Security Intelligence Report volume 11
É interessante analisar este gráfico que nos dá várias métricas e informação de análise, desde o momento em que é reportada a falha, até que é lançado o update. Devemos ainda considerar que que antes de ser reportada a falha pode já estar a ser explorada.
Mais curioso ainda é analisar a quantidade de ataques, sendo que há um pico de ataques no momento em que é lançada a atualização, surgindo no 1º mês seguintes uma maior intensidade dos ataques e no 2º mês após a falha ter sido detetada, dão-se ataques intensivos.
O que vulnerabilidades não resolvidas podem fazer
Departamento de Energia dos EUA
- A exploração das vulnerabilidades dos seus sistemas de informação causaram um roubo de informação pessoal de mais de 104.000 individuos
- Os atacantes neste caso foram capazes de utilizar exploits bem conhecidos e disponibilizados na internet, para ganhar acesso aos sistemas relevantes e retirar grande quantidade de dados
- informação que pode afectar os interesses pessoais e financeiros de muitos individuos.
Custos de limpeza:
- um valor estimado de 1,6 milhões de dólares (monitorização de crédito e de trabalho), mais 2,1 milhões devido a perdas de produtividade.
Universidade da California, Berkeley
- Milhões de tentativas de ataque registadas, numa base semanal.
- O tempo entre o anúncio da vulnerabilidade e quando são verificados os primeiros ataques tornaram-se cada vez mais curtos. Falamos de dias, e por vezes horas.
Snapchat
- Esta popular aplicação de troca de envio de fotos orientada principalmente ao mercado mais jovem, foi atingida por uma falha de segurança devido a uma vulnerabilidade.
- Especificamente, a relutância da empresa Snapchat em resolver os problemas de segurança levou a que fossem roubados nomes e números de telefones de 4,6 milhões de utilizadores da aplicação.
- Cerca de 6 milhões de utilizadores foram afectados por uma vulnerabilidade de software, resultando na exposição de informação pessoal (ex: emails e números de telefone) durante cerca de 1 ano após o erro de software ter sido corrigido.
- Adicionalmente, o Facebook detetou uma infeção causada por malware em portáteis de diversos funcionários em Fevereiro, levando a que houvesse ataques direcionados aos programadores que visitassem o site de desenvolvimento que tinha sido comprometido.
Fontes:
“Department of Energy’s July 2013 Cyber Security Breach.” Special Report: IG-0900. Energy.gov. Dezembro 2013
“Universities Face a Barrage of Cyberattacks.” The New York Times. Julho 2013
“Technologists scold Snapchat for poor security.” USA Today, Janeiro 2014
“Top 10 Security Breaches of 2013.” CRN, Dezembro 2013
Custos operacionais por incidente de segurança
- Linha da frente (possui ferramentas e estratégias)
- Bombeiros (age sobre necessidade e solicitação; medidas reactivas)
- Líderes (um consultor de segurança, com medidas preventivas e monitorização)
Fonte: “Defending Yesterday – The Global State of Information Security Survey 2014”, PWC, CIO magazine, CSO magazine, 2013
Investigação de vulnerabilidades
Investigação, descobrindo e coordenando a divulgação de vulnerabilidades ajuda a melhorar a segurança geral e performance quer para os negócios, quer para os utilizadores
- As vulnerabilidades no software variam como elas podem expor máquinas e ambientes
- Compreendendo os riscos relacionados com cada vulnerabilidade permite que sejam classificados de acordo com o nível de importância
- O ponto anterior permite prioritizar o esforço de mitigação e de enfoque nas operações de segurança
- Investigação é um elemento chave no tratamento e resposta das vulnerabilidades.
Gestão de vulnerabilidades
As brechas vão continuar a acontecer, como tal devemos considerar:
- Incluir segurança da informação como parte da estratégia do negócio
- Desenvolver políticas e obrigar a que essas políticas estejam alinhadas com a estratégia
- Focar em reduzir a área de ataque ou possibilidades de ataque
- Preparar para responder a falhas
- Monitorizar e reportar as actividades
- Estar informado e acompanhar sobre o panorama das vulnerabilidades e ameaças